INDEPENDÊNCIA DA ÁFRICA (Isadora, Laura, Francine - 82)

A descolonização da África ocorreu de forma veloz. Entre 1957 e 1962, vinte e nove países tornaram-se independentes de suas metrópoles européias.

As independências africanas são divididas em dois blocos: no primeiro: estão as colônias que conseguiram a independência por meio da negociação com suas ex-metrópoles. No segundo: estão os países que conseguiram a independência por meio da guerra de libertação.

Costa do Ouro: colônia da Inglaterra, inspirado na tática da resistência pacífica propunha o boicote aos produtos ingleses e a desobediência civil. A Grã-Bretanha decidiu negociar com os africanos. Em 6 de março de 1957 conseguiu sua independência e passou a se chamar Gana.

O Quênia: os ingleses mantinham os africanos isolados em bairros afastados do centro e reservavam a eles os piores serviços. União Nacional Africana do Quênia, partido que lutava por autonomia e terra para os africanos, montou uma organização guerrilheira, que atacava as propriedades dos colonos britânicos. A política britânica respondeu com mais violência, com o aumento da violência a Grã-Bretanha decidiu negociar. Em 1963 o Quênia conseguiu sua independência.

Guiné: era uma colônia francesa, adotou uma nova estratégia para manter o controle sobre suas colônias africanas, os africanos foram consultados se queriam continuar a fazer parte da comunidade Francesa, Guiné disse não a França e assim obteve sua independência em 2 de outubro de 1958. A França reagiu bloqueando as contas dos guineenses nos bancos franceses, outros países africanos da comunidade francesa seguiram o mesmo exemplo. Todos esses países foram admitidos na ONU.

Congo: colônia da Bélgica, sua administração era autoritária e racista, com isso os congoleses organizaram várias manifestações e greves pela independência, em 30 de junho de 1960 o Congo tornou-se independente.

Angola, Moçambique e Guiné-Bissau: eram colônias francesas, os africanos sofriam intensa exploração, esse sistema de trabalho foi substituído pelo sistema de contrato, no interior isso quase não aconteceu. Em Lisboa, um grupo de universitários vindos da África fundou o Centro de Estudos Africanos; muitos integrantes desse grupo viriam a ser líderes dos movimentos de libertação da expressão portuguesa. Moçambique teve a independência reconhecida em 25 de junho de 1974, Angola em 11 de novembro de 1975 e Guiné-Bissau em 24 de setembro de 1973.

Um dos principais personagens da independência da África foi Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, é considerado um guerreiro em luta pela liberdade, e foi o principal representante do movimento antiapartheid.

Esta descolonização apressada teve conseqüências negativas não esperadas pelas populações, pois a partilha territorial dos vastos Estados não tinha em conta a presença de etnias e tribos muito diferentes nas mesmas áreas geográficas, que entravam imediatamente em guerra. Com a falta de experiência de uma classe dirigente africana e de estruturas políticas democráticas, formam-se regimes ditatoriais, guiados pelas tribos mais fortes. 

Fonte: História, sociedade e cidadania – 9º ano (Alfredo Boulos Júnior), sites como Wikipédia e de trabalhos escolares.