Durante a Guerra Fria, a América Latina foi cenário de algumas experiências socialistas. Os exemplos mais significativos foram Cuba e Chile. Como esses países se tornaram socialistas?
Cuba
Antes de 1959 Cuba era um país que vivia sob forte influência dos Estados Unidos. As indústrias de açúcar e muitos hotéis eram dominados por grandes empresários norte-americanos. Os Estados Unidos também influenciavam muito na política da ilha, apoiando sempre os presidentes pró-Estados Unidos. Do ponto de vista econômico, Cuba seguia o capitalismo com grande dependência dos Estados Unidos. Era uma ilha com grandes desigualdades sociais, pois grande parte da população vivia na pobreza. Todo este contexto gerava muita insatisfação nas camadas mais pobres da sociedade cubana, que era a maioria.
No primeiro dia de janeiro de 1959, Fidel Castro e os revolucionários tomaram o poder em Cuba. Fulgêncio Batista e muitos integrantes do governo fugiram da ilha.
O governo de Fidel Castro tomou várias medidas em Cuba: nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária, expropriação de grandes propriedades e reformas nos sistemas de educação e saúde. Com estas medidas, Cuba tornou-se um país socialista, ganhando apoio da União Soviética dentro do contexto da Guerra Fria. O Partido Comunista dominou a vida política na ilha, não dando espaço para qualquer partido de oposição tornando-se, portanto, um regime totalitário, uma ditadura.
(Che Guevara e Fidel Castro)
Até hoje os ideais revolucionários fazem parte de Cuba, que é considerado o único país que mantém o socialismo plenamente vivo. Com a piora no estado de saúde de Fidel Castro em 2007, Raul Castro, seu irmão, passou a governar oficialmente Cuba, em fevereiro de 2008.
(Fidel e Raul Castro)
Chile
O socialismo no Chile começou quando Allende foi eleito. Assumindo a presidência, ele tentou socializar a economia chilena, com base num projeto de reforma agrária e nacionalização das indústrias. Sua política, a chamada "via chilena para o socialismo", pretendia uma transição pacífica, com respeito às normas constitucionais chilenas e sem o emprego de força, para uma sociedade de paradigma socialista.
(Presidente Allende)
A adoção dessa linha por Allende, implementada durante seus três anos de permanência no poder, além de gerar a oposição dos democrata-cristãos direitistas, de causar um verdadeiro pânico na maioria da classe média chilena (que passou a sabotar sua economia, paralisando-a, quase totalmente, em 1973), provocou sua indisposição com a esquerda radical chilena, como o MIR, que pugnava pela tomada do poder pela força, e criou antipatia com uma parte importante do efetivo militar chileno, cujos chefes sempre foram treinados e doutrinados nas academias militares dos Estados Unidos.
Em 11 de setembro de 1973, com ostensivo apoio dos Estados Unidos, as Forças Armadas, chefiadas pelo general Augusto Pinochet, dão um sangrento golpe de Estado que derruba o governo da Unidade Popular. O golpe que teve início na costa do oceano Pacífico, na cidade portuária de Valparaíso, surpreendeu por sua rapidez e violência. Allende morreu quando as forças armadas rebeladas contra o governo constitucional atacaram o Palácio de La Moneda.
(Ataque ao Palácio La Moneda)
Fonte: Wikipedia
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